cruzo os intervalos da chuva para ver.
na praia, sózinha,
ali está a cadela que uiva às ondas,
correndo pelo areal,
sem fado e sem futuro,
os seus lamentos,
por tudo o que perdeu,
casa, filhos, esperanças,
pensamentos,
na metamorfose possível,
oiço o grito que me inspira,
atiro-me às vagas,
para conseguir o esquecimento.
depois olho-me vazio,
a cadela e o mar,
com prazer, a chuva leva-me,
lágrima
Montenegro escolheu a degradante
Há 8 horas
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