pensei em ti como um oásis.
que imagem batida, chumbada em nós: 
tu o meu oásis, eu o teu.
vou-te secar com a minha sede, até não restar mais gota, veio, humidade. 
vou-te cercar, impedir que outros te encontrem, te visitem, bebam de ti. 
vou apagar a tua beleza, reduzir-te à areia do deserto que te envolve. 
vou fazer isto tudo porque, confesso, quero-te só para mim.
porém, se fizesse isso, 
não podia mais beijar a tua frescura ou acariciar o teu espelho; 
banhar-me em ti, deixar-me envolver pelo teu abraço, adormecer à tua sombra. 
não entendo esta paixão que se afoga, que se queima, que se imola.
se fizesse isso,   
matava-te e depois morria
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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