deixa-me dissipar a nuvem
que cobre o lago.
ao luar, eu, sacerdote,
num gesto largo, percorro o céu,
lanço ao ar, na ponta do objecto afiado, um encantamento,
que como pó de estrelas cai sobre as águas quietas.
os meus pés mergulhados e o teu corpo submerso... o teu corpo...
queria ressuscitar a tua vida:
ao corpo dar a voz
à voz imprimir o gesto,
com o gesto rasgar o olhar
e no olhar conjurar a alma.
vivesses de novo tu para mim,
morreria eu por, de novo, não saber amar-te.
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