terça-feira, 29 de março de 2011

fugir


escondes-te, tentas fugir,

para que não te encontre,

nunca.


sucumbes ao regato fresco,

danças nas florestas altas,

escolhes o voo nocturno,

calas-te,

às vezes, calas-te

e não dizes

nada.


mas eu sempre te revelo num remoinho da água,

sempre te resgato em raios de sol entre os ramos,

sempre te descubro à luz da lua,

nas palavras que não queres dizer.


sempre encontro os teus passos,

sempre reconheço a tua sombra,

sempre estendo a minha mão,


quando é demasiado o cansaço

e escolhes voltar a mim


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