terça-feira, 12 de julho de 2011

email VIII


estou a escrever porque há noites melhores do que outras.
há noites em que a lua é amiga e parece iluminar todo o caminho.
há noites em que a lua é nova, nem se vê e só há negro.

não estou com sono e apetecia-me falar um pouco contigo, um pouco mais...
não ia dizer nada que já não soubesses, fazia questão de falar disto e daquilo, de nada realmente importante, porque hoje já falámos de coisas importantes. seria provável acabar por te beijar e assim não ter que falar mais nada.

há um silêncio entre cada palavra dita e isso já todos sabemos.
sinto receio dessas pausas que, tantas vezes, adquirem significados maiores que o das palavras que definem. palavras são palavras e o seu significado vem no dicionário, quanto às pausas, o seu significado é definido por cada um de nós.

muitas vezes não sei o que ler em ti, nas tuas palavras e, sobretudo nas tuas pausas. por vezes és como a noite de lua nova e eu não encontro o caminho, por vezes parece que me engano.

não estou a fazer sentido.
o que queria mesmo dizer é que queria falar contigo mais um pouco, agora à noite.
quem sabe, não seja mais que um pretexto para te beijar outra vez.


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