domingo, 25 de julho de 2010

e-mail I


não disseste nada. estava à espera das tuas notícias.
podias ter aparecido. seria uma surpresa e poderiamos apreciar a noite sentados na varanda e falando sobre tudo. excepto sobre nós!

porque não valeria a pena falar sobre nós. nós - não existe! não nesse sentido que ultrapassa a mera partilha de algumas horas, alguns dias, alguns gostos e alguns desapontamentos. quando falo de nós falo de uma unidade... essa unidade não existe.

sendo assim, podemos seguir em frente e encarar o resto da vida com a esperança de uma nova oportunidade em alguém que, de facto, não será nenhum de nós.

mas...

soletra-me o teu nome ao ouvido
em voz baixa, letra a letra
para que o fixe para sempre e
quando o ouvir novamente
reconheça que o tempo já passou.

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