não foi a sua voz que o prendeu.
primeiro ouviu-a e depois foi-lhe apresentado num serão em casa dum desses nobres de que já nem o nome recordava. la bombace, disseram.
vitória deu-lhe o braço e arrastou-o para o jardim. ele contou-lhe o principal da sua vida e ela sorria e trauteava uma canção napolitana...
ela brincou com os seus dedos e ele corou. beijou-a por impulso. talvez o primeiro e último impulso para um beijo na sua longa vida. gostara de a beijar e gostara do seu riso fresco de soprano. iria compor uma ária para ela, uma ópera...
nos seus encontros intermitentes ele amou-a como se fosse a sua última oportunidade e fixou cada detalhe do seu corpo para que as memórias fossem mais vivas, mais exactas.
houve paixão, mas não ouve amor e isso é triste.
muitos anos depois ainda ia buscar inspiração para as suas árias de amor em vittoria tarquini,
O império contra-ataca
Há 8 horas
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